terça-feira, 11 de março de 2008

Novos pecados

CIDADE DO VATICANO (Reuters) - "Não poluirás a Terra. Temerás a manipulação genética.

Novos tempos trazem novos pecados. Por isso, o Vaticano disse aos fiéis que eles devem estar atentos a "novos" pecados, como os danos ambientais.

A orientação foi divulgada no fim de semana pelo arcebispo Gianfranco Girotti, número 2 do Vaticano na às vezes turva área dos pecados e da penitência.

Questionado durante entrevista ao L'Osservatore Romano (órgão oficial do Vaticano) sobre quais seriam os "novos pecados", Girotti disse que a zona de maior perigo para a alma moderna é o mundo ainda quase inexplorado da bioética.

"(Dentro da bioética) há áreas onde devemos absolutamente denunciar algumas violações dos direitos fundamentais da natureza humana, por meio de experiências e da manipulação genética, cujos resultados são difíceis de prever e controlar", afirmou.

O Vaticano é contra pesquisas com células-tronco embrionárias e alerta contra a possibilidade da clonagem humana.

Na entrevista, intitulada "Novas formas de pecado social", Girotti cita ainda ofensas "ecológicas".

Nos últimos meses, o papa Bento 16 fez vários apelos enfáticos pela proteção do meio ambiente, dizendo que questões como a mudança climática se tornaram muito importantes para toda a humanidade.

O Vaticano está cada vez mais "ambientalmente correto" desde o pontificado de João Paulo 2°, antecessor de Bento 16.

A Santa Sé já instalou células fotovoltaicas em seus prédios para gerar eletricidade e promoveu uma conferência científica para discutir as ramificações do aquecimento global e da mudança climática, que muitos cientistas atribuem principalmente ao uso de combustíveis fósseis.

Girotti, subdiretor da "Penitenciária Apostólica", que trata de questões de consciência, também citou o narcotráfico e as injustiças sociais como pecados modernos.

O arcebispo lamentou que cada vez menos católicos apareçam no confessionário, e citou um estudo da Universidade Católica de Milão segundo o qual 60 por cento dos fiéis na Itália deixaram de se confessar.

No sacramento da penitência, os católicos confessam seus pecados a um padre, que os absolve em nome de Deus.

Mas o mesmo estudo da Universidade Católica mostrou que 30 por cento dos católicos italianos acreditam que não há necessidade de um padre como intermediário do perdão divino, e que 20 por cento se sentem desconfortáveis relatando seus próprios pecados a outros".

...aee...nunca imaginei que existisse uma "Penitenciária Apostólica"...de boa...vai tomar no cu Vaticano...

Um comentário:

Anônimo disse...

Awe Trapa, Acho que é Penitenciária relativo a penitência, tipo paga uns pai nossos aí tamo de boa, manja? Não penitenciária de cadeia. Seria engraçado, penitenciária da Igreja, vários malucos que falam "Holy cow" ou "holy shit" encarcerados...ahahahahahaha...doidera...