segunda-feira, 30 de novembro de 2009
domingo, 29 de novembro de 2009
Células Tronco Dopadas
Substâncias cuja ação equivale à do princípio ativo da maconha podem ajudar os cientistas a aumentar o "prazo de validade" das células-tronco embrionárias. As moléculas diminuem em até 45% a morte das células em laboratório, o que pode se revelar uma forma de aumentar a eficiência de futuras terapias com base nelas.
As células-tronco embrionárias se destacam pela versatilidade, tendo o poder comprovado de assumir o papel de qualquer tecido do organismo adulto.
Alguns dados preliminares já mostravam um elo entre a chance da sobrevida das células-tronco e a ativação das fechaduras químicas CB1 e CB2, conhecidas como receptores canabinoides justamente por interagirem com as moléculas presentes na maconha, ou Cannabis sativa. Não é que o organismo humano tenha sido "projetado" para receber a droga: ocorre que o corpo produz naturalmente substâncias que se ligam aos receptores canabinoides, desempenhando papel importante na regulação do humor, no controle do apetite e até nas defesas biológicas naturais de cada pessoa.
Rehen e seus colegas da UFRJ, como a farmacologista Marília Zaluar Passos Guimarães, que também assina o estudo, começaram o trabalho apostando que moléculas capazes de interagir com o CB1 e o CB2 poderiam facilitar a sobrevivência e a transformação das células-tronco em neurônios.
Os pesquisadores testaram substâncias que estimulam tanto o CB1 quanto o CB2. A principal delas, embora tenha estrutura química bem diferente da que caracteriza o THC, princípio ativo responsável pelo "barato" da maconha, produz na célula efeitos muito semelhantes ao que ele opera.
Essa molécula levou à queda de 45% na morte das células-tronco, enquanto outra substância testada, que age especificamente sobre o CB2, reduziu a morte celular em 20%.
Mirando o futuro
"O próximo passo será explorar o potencial dos canabinoides como agentes capazes de aumentar a sobrevivência de células-tronco embrionárias depois de transplantes", diz Rehen, cujo grupo inaugura nesta segunda a unidade carioca do Lance (Laboratório Nacional de Células-Tronco Embrionárias), associado à Rede Nacional de Terapia Celular do Ministério da Saúde.
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